domingo, 24 de junho de 2007

Edu Krieger abre as portas do Canecão


Edu Krieger não é uma novidade na cena musical carioca. Ao contrário, é um músico forjado nos palcos da cidade. Lançou seu primeiro disco no ano passado sem grande alarde. Um conjunto de belas canções inoculadas por diversos regionalismos cujo reconhecimento vem se dando de forma gradual e progressiva. Sua "Ciranda do Mundo", gravada por Maria Rita e Pedro Luis e a Parede, escapou à sua autoria e incorporou-se ao domínio público. É uma daquelas canções que se espalham de boca em boca, seja na voz de crianças celebrando as festas juninas ou na interpretação distorcida dos paraíbanos do Cabruêra, sem que se dê crédito ou reconhecimento ao autor. Uma peça musical que transcende à propriedade intelectual pela sensibilidade com que toca os ouvintes a ponto de estes a reproduzirem instintivamente por puro prazer, como se há muito fizesse parte da memória coletiva.

Nesta semana que finda, Edu se apresentou pela primeira vez no palco do Canecão. Quem conhece a mística da casa, sabe que se trata de uma chancela à carreira de um músico brasileiro. Um rito de passagem a um estágio maior de reconhecimento e envergadura. E o público que preencheu grande parte da casa o recebeu com as honras merecidas.

Não foi a primeira vez que assiti a um show de Edu, mas com certeza foi a primeira vez que dediquei total atenção à sua performance musical e à sonoridade da sua banda sobre o palco. O compositor exerce um pleno domínio sobre as tradições da música brasileira, do samba à ciranda, do jongo ao choro canção, alinhavadas por uma poética cuja identidade se constrói no perfeito encaixe entre letra e melodia, uma a serviço da outra, como se elas nascecem juntas, indissociáveis, na imaginação do autor. A boa voz e o domínio vocal do cantor possibilitam com que ele explore as nuances melódicas que cada verso propicia, ora aprofundando certas extensões, ora contido pela melancolia dos acordes menores, outrora explorando os desvios das dissonâncias. O violão de 7 cordas é usado de forma reverente, basicamente como um instrumento ritmíco, vez ou outra arriscando-se na baixaria, traçando a linha mestra das canções sobre a qual todos os outros instrumentos se arranjam.

Mas são justamentes os demais ingredientes que diminuem o sabor do delicioso caldo musical de Edu Krieger. A bateria se impõem como força maior no campo rítmico abafando as sutilezas da percussão, a qual poderia agir subliminarmente sobre a estrutura das canções tirando-lhes o peso e conseqüentemente torando-as mais arejadas, com maior espaço para a harmonia. A guitarra discreta, de seu irmão Fernando Krieger, preenche os espaços deixados pelo violão sem exercer de fato um contraponto. Um segundo violão, dedilhado, seria mais efetivo nesse sentido. Isso porque a flauta transversa de PC Castilho, quando em evidencia, evoca a tradição dos regionais chorando pela companhia de mais um pandeiro, um cavaco e um tamborim. O mesmo vale para Marcelo Caldi, dividido entre o teclado e a sanfona. Quando debruçado sobre as teclas, passa desapercebido. Ao ficar de pé no manejo do fole, ele abre novas possibilidades tanto harmônicas quanto melódicas. Prova disso é o momento em que ele e Edu ficaram sozinhos no palco na interpretação de "A Mais Bonita de Copacabana". O mesmo aconteceu no final do show, quado a banda se retirou e ele recebeu Geraldo Azevedo para uma participação especial e os dois puseram seus violões a dialogar. Juntos, tocaram "Temporais", uma parceria, e a clássica "Moça Bonita". A parte estes momentos, o formato quase pop da maioria dos arranjos contribuiu para a planificação de uma obra cujo alcance tem tudo para se expandir cada vez mais. A bela "Novo Amor" estará no aguardado segundo disco de Roberta Sá, Que belo e estranho dia para se ter alegria. Edu agradeceu à cantora que estava presente na platéia, e exaltou por pelo menos quatro vezes o também presente Rodrigo Maranhão como mais um representante da excelência criativa desta geração que vem definitivamente conquistando o seu espaço.


Assim, me despeço deixando a vocês três momentos de Edu Krieger ao vivo na Tuba do Pindzim:
"Moça Bonita", com Geraldo Azevedo no Canecão. "Novo Amor", com sua banda, no mesmo show do Canecão. E, por fim, "Ciranda do Mundo", em participação no show de Rodrigo Maranhão no Centro Cultural Carioca.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Marcela Mangabeira hoje em Belo Horizonte


Esta é uma dica para os leitores mineiros deste blog. A cantora Marcela Mangabeira apresenta hoje a noite o show de lançamento do cd Simples no Teatro Alterosa. Considerada uma das grandes revelações do ano por Nelson Motta, ela interpreta clássicos da bossa nova como "A Rã" e "Eu e a Brisa" e músicas inéditas como "Os Grilos" e "Pro Tom", esta última composta especialmente para ela por Roberto Menescal. Com arranjos que transitam entre o orgânico e o eletrônico, o destaque do disco é a voz da cantora. Marcela já acompanhou o grupo Bossacucanova em excursões pela Europa e participa dos grupos vocais Mulheres de Hollanda, 4 Cantus e Bebossa. A boa recepção de suas músicas nas rádios de Belo Horizonte fez com que Roberto Menescal a elevasse ao patamar de Ivete Sangalo em termos de popularidade entre os mineiros. Hoje é a chance de conferir ao vivo o trabalho da cantora.

Show de Marcela Mangabeira e lançamento do Cd "Simples" em única apresentação.
Local: Teatro Alterosa - Av. Assis Chateaubriand, 499 - Floresta
Data: 20 de Junho de 2007, Quarta-feira
Horário: 21:00 horas
Ingresso: R$ 30 (inteira) / R$ 15,00 (meia)
Mais informações: 31-3077-7047/9906-3659

domingo, 17 de junho de 2007

Satisfação aos leitores do Pindzim

Por motivos de ordem profissional, o blog anda abandonado já faz algum tempo. Desde a véspera do feriado estou trabalhando insanamente em área outra que, infelizmente, nada tem a ver com música. Trata-se de um recesso temporário, embora ainda não haja uma data certa para terminar. Tal compromisso tem dificultado minha presença na excelente temporada de shows que vem se estendendo desde o princípio de maio. Nestes últimos dias, fui apenas à despedida do Los Hermanos, sobre a qual ainda pretendo escrever aqui neste espaço, embora o calor da hora tenha se passado, e ao show de lançamento de Carnaval só ano que vem, primeiro disco da Orquestra Imperial, que também merece registro. Aproveito esta primeira folga dominical para retomar o contato com os leitores e prometer que em breve voltarei a atualizar este espaço com a constância habitual do primeiro mês. Pelo menos, assim espero.

Enquanto esta hora não chega, ofereço aos freqüentadores deste espaço, dois vídeos da Orquestra Imperial no Teatro Rival: "Matemática do Desejo", com vocal de Nina Becker, e "Cansado de Sambar", com vocal de Thalma de Freitas. Ambos podem ser vistos na Tuba do Pindzim.

Deixo também algumas sugestões de shows para a semana que entra:
19 Terça-feira: Cordão do Boitatá no Centro Cultural Carioca
20 Quarta-feira: Moraes Moreira no Estrela da Lapa
21 Quinta-feira: Orquestra Imperial no Teatro Rival

Agô!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Los Hermanos: notas sobre o recesso

Nilson Primitivo, diretor dos clipes de "O Vento" e "Sentimental", e do filme "Ventura", ensaio documental focado sobre os fãs da banda durante a turnê do álbum homônimo, vai ser o responsável pelo registro audiovisual da despedida dos Los Hermanos antes do indeterminado recesso. Não está definido se o material terá lançamento comercial ou se será disponibilizado aos fãs através da internet. Neste momento de turvação, Marcelo Camelo não fugiu à contudência de algumas perguntas em entrevista publicada ontém no Drops 3.0 do MTV Overdrive, cuja manchete antecipa o fim da banda. Questionado sobre os motivos da parada, revelou que os integrantes estão cansados da rotina a que a banda vem se submetendo desde antes da ascenção, em 1999, com o estouro de "Anna Julia". Por isso, particularmente, ele pretende descansar. Também deixou claro que, na qualidade de músico e compositor, não tem compromisso de agradar a todos os fãs. A entrevista foi concedida durante os ensaios que Marcelo realizou com a dupla Sandy & Junior tendo em vista a gravação do acústico que marca a despedida da dupla.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Céu: a cantora da nação

Os acordes do violão ainda não identificavam a música quando se ouviram os primeiros versos de “O Ronco da Cuíca”. A banda, posicionada na porção esquerda do grande palco do Vivo Rio, acompanhava discretamente, respeitando a proeminência do violão do co-autor da canção. Dedilhando as cordas, o mestre de cerimônias João Bosco estendia o tapete vermelho para Céu, a estrela da noite. A banda se retira e os dois se aproximam no centro do palco. O violão percussivo anuncia “Rainha”, cantada em dueto. O acento grave da voz de João contrasta com a delicadeza frágil do timbre da voz da cantora.


Mas é quando João deixa o palco e o DJ dispara a introdução de “Roda” que o show de Céu efetivamente começa. A intensidade musical da cantora no palco está umbilicalmente vinculada aos músicos da banda que a acompanha. Sérgio Machado, na bateria, e Bruno Buarque, na percussão, produzem o substrato rítmico de raiz afro-brasileira. A densidade do som provém do baixo de Lucas Martins. O teclado de Guilherme Ribeiro concentra as linhas melódicas. O DJ Marco é uma verdadeira usina sonora. Saem de suas pick ups a segunda voz, bases de guitarra, naipe de metais, contrapontos percussivos, além dos scratches e efeitos. Na mesa de som, Gustavo Lenza garante a equalização harmônica entre voz e instrumentos. Com esta formação, a música de Céu atinge a perfeição entre o ideal – conforme registrado em estúdio – e o imaginado – as concepções artísticas dela enquanto compositora.

Mesmo quando assume a condição de intérprete em “Concrete Jungle”, de Bob Marley, e “Visgo de Jaca”, de Sérgio Cabral e Rildo Hora, ela imprime seu toque pessoal. Se a variação melódica do reggae, em sua versão original, já expandia os limites do gênero, Céu aprofundou-a explorando as nuances de sua voz e também lhe alterou sutilmente o ritmo com uma marcação menos rígida na guitarra e uma bateria mais quebrada. Já o samba, em nada guarda relação com a versão gravada originalmente por Martinho da Vila. Céu transfigurou-o em um soul funkeado com uma pitada de reggae aqui e ali. No refrão, Céu altera a entonação em benefício do groove e ainda abre espaço para um solo do DJ Marco.

O tempo passado na estrada em apresentações nos Estados Unidos, seguidas por duas temporadas no Tom Jazz, em São Paulo, foi benéfico para aprimorar o desempenho da cantora e de sua banda no palco, mas o show do Vivo Rio manteve a essência do último concerto da cantora no Rio de Janeiro, no Tim Festival. O repertório reuniu as músicas do disco de estréia, excluídas as lentas “Valsa para Biu Roque” e “Véu da Noite”, os sambas “Bobagem” e “Samba na Sola”, e “Mais um lamento”. Também ficou de fora “Ragga”, música composta em parceria com os integrantes da banda durante turnê na Europa que vem sendo tocada ocasionalmente e aponta para a expansão de seus horizontes musicais.


Sua performance no palco é de entrega à música mais do que ao público. Por cantar composições próprias, o sentimento que Céu transmite através de gestos e expressões corporais ao interpretá-las é genuíno. Assim, a imposição de sua presença se dá naturalmente. Seja no estilo de dançar indiferente à platéia, por vezes de costas, interagindo com os integrantes da banda, outras como se estivesse sozinha em uma pista de dança. Ou no improviso travestido de samba, “Chegou de mansinho, veio vagarinho, ô menino bonito...” que ela incorporou definitivamente à “Malemolência”. E ainda, advertindo que não tomem sua gentileza por fraqueza durante a execução de “Rainha”.

Quando dividiu o palco com João Bosco, Céu assumiu uma postura contida, sentada em um banquinho, revisitando clássicos do cancioneiro nacional no formato voz e violão. Apesar de toda beleza contida em sua interpretação de “Isto aqui o que é”, de Ary Barroso, fica claro que Céu fica mais a vontade ao tangenciar a tradição sem apropriar-se dela.

É notório que a música brasileira vive um período fértil de jovens cantoras. Mas, se por um lado boas vozes não faltam, a originalidade esbarra no conservadorismo dos repertórios e dos arranjos. Passada a fase da bossa eletrônica que exportou talentos e ainda rende frutos tardios por aqui, caiu-se na maldição do samba. Revitalizado a partir de um movimento engendrado por uma nova geração carioca em rodas na Lapa e no carnaval de rua, hoje, a tal maldição está espalhada pelo Brasil. Enquanto algumas bandas conseguem mimetizar o samba ao som de baixo, guitarra e bateria, outros através de samplers e scratches, nossas cantoras acabam aprisionadas em arranjos reverentes, seja ao samba, à bossa nova ou mesmo ao pop, deixando-se enquadrar entre seguidoras ou de Elis, ou de Clara, ou de Nara ou de Marisa.

Céu, ao contrário, incorpora o samba sem devoção ou deslumbramento, incorporando-o a outras matrizes da música negra, o que resulta em uma musicalidade original que transcende o mero folclore nacional e é reconhecida pela sua criatividade para além das fronteiras do país. Suas incursões explícitas ao gênero são duas: “Samba na Sola” e “Bobagem”. Esta última, um samba incomum, melancólico e de ritmo lento, cuja introdução de acordes dissonantes deságua numa levada percussiva minimalista sobre a qual Céu entoa: “Minha beleza, não é efêmera, como a que eu vejo em bancas por aí. Minha natureza é mais que estampa, é um belo samba que ainda está por vir”. Uma letra da cantora para a sua nação.


Confira um vídeo de Céu e João Bosco ao vivo no Vivo Rio na Tuba do Pindzim.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Agenda Rio - Semana 04/06 a 10/06

Nesta semana, a grande atração nos palcos cariocas são os shows de despedida do Los Hermanos na Fundição Progresso. Ainda restam poucos ingressos para a primeira apresentação, na quinta-feira, dia 7. Para os dias 8 e 9 já se esgotaram faz tempo. A Tuba do Pindzim vai estar presente nos shows de sexta e sábado e os leitores poderão acompanhar a cobertura aqui. Aproveito para esclarecer que, segundo fonte ligada à banda, ao contrário do que foi divulgado no blog do Mauro Ferreira, o show não será registrado para posterior lançamento em DVD e/ou CD.
Outra boa pedia para entrar no ritmo das festas juninas é a temporada que Moraes Moreira e sua banda vão promover no Estrela da Lapa em todas as quartas de junho. Abaixo, as dicas de Pindzim.

05 Terça-feira: Cachaça dá Samba no Teatro Rival
Os músicos Alfredo Del-Penho, Pedro Paulo Malta, Luís Felipe de Lima, Beto Cazes e Henrique Cazes apresentam o show Cachaça dá Samba, baseado no repertório do disco homônimo que traz 14 faixas dedicadas à mais tradicional das bebidas brasileiras. O trabalho foi concebido a partir de uma pesquisa realizada pelo grupo que resultou na compilação de músicas de diversos gêneros, como o samba, o partido alto, a música caipira e a famosa marchinha. "Se você pensa que cachaça é água..."
Local: Teatro Rival Br - Rua Álvaro Alvim, 33/37 - Subsolo - Cinelândia
Horário: 19:30
Ingressos: R$30,00 (INTEIRA) / R$25,00 (OS 200 PRIMEIROS PAGANTES) / R$15,00 (MEIA)
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05 Terça-feira: Moptop e Móveis Coloniais de Acaju no Canecão
Duas bandas da nova geração do rock brasileiro se apresentam no Canecão. O Moptop, do Rio de Janeiro, cujo elogiado disco de estréia foi lançado no ano passado pela major Universal, leva o seu rock básico ao templo da música carioca. Pindzim esteve presente no show de lançamento do disco ano passado no Teatro Sérgio Porto em que a performance da banda foi prejudicada pela precariedade do som que tornou inaudível a voz de Gabriel Marques abafada pela massa sonora das guitarras. Com músicas na trilha sonora do excelente filme "É Proibido Proibir" e da novelinha global "Malhação" é muito provável que o profissionalismo dê o tom desta apresentação. Antes, apresenta-se o Movéis Coloniais de Acaju, recentemente elogiados pelos grunges do Mudhoney pela apresentação no Porão do Rock no fim de semana passado. A banda brasiliense foi uma das grandes sensações da edição deste ano do Humaitá pra Peixe, conquistando um público fiel, daqueles que se entrega e canta junto, no melhor estilo Los Hermanos. Os arranjos recheados por metais, por vez ou outra remetem à banda carioca. Depois do show, tem festa do pessoal do Moptop no Cinematèque Jam Club. Basta apresentar o canhoto do ingresso do Canecão para ter acesso.
Local: Canecão - Rua Venceslau Brás - Botafogo.
Horário: 19:00
Ingressos: R$ 30,00 / R$ 15,00 (Estudante)
Mais informações no site do Canecão.
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06 Quarta-feira: Moraes Moreira no Estrela da Lapa
Moraes Moreira e seu filho Davi Moraes levam o clima dos festejos juninos para o coração da Lapa durante todas as quartas-feiras de junho. Clássicos do xote, baião e xaxado além de composições próprias, como "Forró do ABC" e "Festa do Interior" fazem parte do repertório.
Local: Estrela da Lapa - Av. Mem de Sá, 69 - Lapa
Horário: 22:00
Ingressos: R$ 25,00 / R$ 20,00 (com filipeta)
Mais informações e reservas no site da casa.
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06 Quarta-feira: Thais Gulin no Centro Cultural Carioca
A cantora natural de Curitiba volta aos palcos cariocas com o show de lançamento de seu disco de estréia, cujo destaque fica por conta do repertório nada óbvio. Canções de novos compositores, como o pernambucano Otto e as paulistas Iara Rennó e Anelis Assumpção do grupo Dona Zica, se misturam a clássicos de Tom Zé e Chico Buarque. Jards Macalé faz participação especial. Confira ainda esta semana uma entrevista com Thais aqui.
Local: Centro Cultural Carioca - Rua do Teatro, 37 - Praça Tiradentes, Centro.
Horário: 21:00
Couvert Artístico: R$ 17,00
Informações e reservas no site do CCC.
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Também estava prometido para esta quarta-feira, véspera de feriado, show do Cordão do Boitatá em homenagem a Sivuca e Dominguinhos no Clube dos Democráticos. Até agora, não consegui confirmação, mas vale a pena ficar atento.