sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Marcelo Camelo imprevisível
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Gui Boratto hoje em Nova York
Boratto vai se apresentar sozinho no Cielo apenas com um laptop e uma bateria eletrônica. No seu texto, entre elogios a Cromophobia, disco de estréia do músico, produtor e compositor, Frere-Jones diz que o show de Boratto pode ser um dos melhores do outono americano.
Tim Festival 2008: Noite 100% Nacional
domingo, 26 de outubro de 2008
Tim Festival 2008: Esperanza Spalding canta "Ponta de Areia"
Para ver outro momento do show de Esperanza Spalding, em que ela canta "I Know You Know", clique aqui.
sábado, 25 de outubro de 2008
Crônicas de um festival anunciado
O rapper americano conseguiu lotar o palco principal da edição carioca do Tim 2008. Em sua apresentação, West é a estrela solitária rimando sobre bases pré-gravadas a frente de um cenário inspirado em um futuro de penúria. Incandescente, seco e monótono. Em frente ao palco, fãs animados dançavam e gravavam o show com suas câmeras e celulares. À medida que se caminhava para o fundo da tenda, predominava a badalação.
Na outra tenda, o The National começou sua apresentação para muito pouca gente que de fato conhecia a banda. A iluminação, clara demais, tornava o clima ainda mais impessoal e frio. O som embolado não contribuía para criar empatia com o público. Não agradou.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Tim Festival 2008: Rosa Passos e o cansaço do samba-jazz
O público ainda se acomodava na tenda do Tim Festival quando, às 23h10 (mais de uma hora de atraso), Rosa Passos entrou no palco cantando "Vatapá", de Dorival Caymmi, compositor que, junto de Tom Jobim, foi o mais lembrado da noite. "Esse é um show que eu já apresentei nos Estados Unidos e na Europa, um concerto em homenagem a Caymmi e à bossa nova. Compositor e movimento sempre serão dignos de lembrança, mas o show de Rosa chega em um momento em que, por força das circunstâncias, tais reverências encontram-se no limite da saturação.
Ainda na terceira música, começou a ocorrer um fenômeno que acompanharia toda a apresentação. Casal sentado na nossa mesa, comentou: "depois do Sonny Rollins, essa Rosa não dá, não". Levantaram-se e foram embora. Já na primeira noite, um erro primário de escalação, colocando um instrumentista virtuoso para tocar antes de uma cantora brasileira cujas pretensões artísticas estão muito além do espetáculo que proporciona. Rosa tem uma boa voz. Sua amplitude vocal permite-lhe ir da suavidade à potência em um mesmo verso. Porém, as tentativas de alterar a métrica e a melodia dos canções, emulando improvisos jazzísticos instrumentais com a voz, resulta em um pedantismo inócuo.
Sua banda é composta por instrumentistas virtuosos, afinal, se não o fossem, não tocariam com ela, afirmou a cantora ao apresentá-los. O que deveria ser uma qualidade resulta em interlúdios instrumentais obrigatórios em todas as canções, prejudicando-lhes a execução. Nestes momentos, Rosa posta-se ao lado do instrumentista, olhos fechados. O que para ela é puro prazer, a platéia recebe com enfado. Tanto que quando ela anuncia que deixará o palco para um set instrumental, as luzes sobre a platéia se acendem e o que se vê é uma debandada considerável por parte do público.
O ponto alto do show acontece quando ela pega o violão e a banda se retira, ficando acompanhada apenas pelo baixista Paulo Paulelli. Aos primeiros acordes de "O Que Que a Baiana Tem?", a mulher sentada na mesa ao lado comenta com a amiga: "aí que é a Rosa Passos, assim é que ela manda bem". É quando ela se aproxima do epíteto "João Gilberto de saias" que muitas vezes lhe é impingido. Onde João é minimalista, Rosa é vigorosa. O violão de João é sambista; o seu é jazzístico. As batidas ritmadas fazem digressões sobre a harmonia e a melodia das canções e, por quatro músicas, Rosa consegue fazer seus improvisos soarem naturais em língua portuguesa. Mas foi cantando um samba que o show alcançou o seu ápice. Em uma interpretação convencional de "Pra que discutir com madame?", de Haroldo Barbosa e Janet de Almeida, que faz parte do repertório de João, o público chegou a ensaiar um coro. Mas foi só.
Em seguida, ao travestir "Águas de Março" de jazz, alterando a métrica dos versos e a melodia vocal, afasta-se do público para não mais se aproximar. Exceto, é claro, daqueles fãs incondicionais citados no começo desta postagem. Quem esperava por uma apresentação do nosso "João Gilberto de saias", podia ter evitado a frustração ao observar que Rosa Passos entrou no palco trajando calças. E o violão, instrumento fundamental à materialização do desejo do público, foi antes um elemento decorativo para os malabarismos de piano, baixo, sopros e bateria. E, principalmente, vocais.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Marcelo Camelo: solo e contente
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Vazou: disco do Little Joy já está na rede
Quem quiser ir se adiantando na audição pode clicar aqui.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Arnaldo Antunes e Roberta Sá substituem Paul Weller
A organização do festival parece não ter se preocupado nem um pouco em ao menos tentar agradar àqueles que ficaram descontentes com o cancelamento de última hora do roqueiro inglês. Ao mesmo tempo, não é razoável supor que alguém se decida a pagar R$ 140,00 para assistir ao velho cantor e à jovem cantora. Faltou criatividade. Melhor seria apostar em nomes menos óbvios e compensar a subsituição com quantidade. Para usar um verbo recorrente em seu novo disco, caberá a Marcelo Camelo salvar a noite.