segunda-feira, 25 de maio de 2009

Siba e a Fuloresta no Teatro Rival (26/05)

No ano passado, Siba e a Fuloresta fizeram o melhor show do ano no Rio de Janeiro. Foi durante a Embaixada Pernambuco, evento realizado em um casarão no alto de Santa Tereza. A pequena sala não era o palco ideal para se ouvir a música do conjunto formado por músicos da zona da mata pernambucana e, principalmente, a poesia de Siba. Foi perfeito, porém para uma celebração musical, com desconhecidos dando-se as mãos para dançar e cantar as cirandas de Toda Vez Que Eu Dou Um Passo o Mundo Sai do Lugar.

Nesta terça, dia 26, Siba e a Fuloresta fazem a segunda apresentação do mesmo show aqui no Rio. No palco do Teatro Rival, com excelente acústica e tendo a plateia acomodada em mesas e cadeiras, será a oportunidade de prestar atenção nos detalhes musicais e na rica poesia contemporânea de Siba, que atualiza os temas e a sonoridade de ritmos tradicionais da música pernambucana.

Pode ser uma oportunidade única para assistir ao espetáculo tal qual foi concebido. Explica-se: neste ano Siba lançou o disco Violas de Bronze com o violeiro mineiro radicado em Brasília Roberto Corrêa. Foi uma oportunidade de retornar à rabeca, instrumento ao qual era normalmente associado desde os tempos de Mestre Ambrósio, mas principalmente para assumir-se também como violeiro.

Siba já tocava a viola nordestina, ou viola dinâmica, como também é conhecida, no primeiro disco do Mestre Ambrósio, mas agora, a partir de Violas de Bronze, o instrumento pode ser alçado ao primeiro plano em futuras composições e trabalhos, seja ao lado da Fuloresta ou não. Do repertório do grupo - e presente no disco Toda Vez Que Eu Dou Um Passo o Mundo Sai do Lugar -, a ciranda "Alados" ganhou uma versão acústica levada apenas em voz e viola, a qual Siba vem aprimorando a partir de estudos e exercícios, os quais ele mesmo se impõem no intento de melhorar o seu domínio sobre o instrumento. Amanhã, não será apresentada e, é bom que se diga, não irá fazer falta. Ainda não é a hora.

No seu próprio passo e tempo, Siba concentra no presente, o passado e o futuro de tradições diversas. De Pernambuco para o Brasil e para o mundo, é a um só tempo poeta e músico universal. Não se deve perder a oportunidade de vê-lo e ouvi-lo.

Um comentário:

Gilmara Benevides disse...

Caio,

Este blog é delicioso. Viva!

Abraços,
Gilmara.