É de se supor que a escolha de "Doce Solidão" como música de trabalho faça parte da tradicional estratégia, que vem de seus tempos de Los Hermanos, de revelar o mínimo possível até a segunda parte do lançamento, marcada para a próxima sexta, dia 29, quando mais nove canções, das 14 que compõem o álbum, poderão ser ouvidas no Sonora. Quatro ficarão guardadas para o lançamento do disco, em 8 de setembro.
Enquanto isso, no hemisfério norte, Rodrigo Amarante vai dando os retoques finais no disco que lançará outono euro-americano-do-norte com Fabrizio Moretti, baterista do The Strokes. É bem possível que a estréia internacional de Amarante não chegue ao Brasil por vias tradicionais, mas apenas pelos canais alternativos -ou piratas, se preferirem- da internet. Por vias tortas, os outrora parceiros seguem procedimento semelhante. Do Little Joy nada ainda se ouviu. Mais uma semelhança: o mistério faz parte do jogo de um e de outro. Um reporter da EW.com ouviu algumas músicas enquanto Fabrízio trabalhava na mixagem e declarou: "apenas idéias prazerosas estão reservadas para aqueles que esperarem para ouvir o material sem pré-julgamentos.
Até mesmo na diferença podem se encontrar paralelos. No Brasil, Marcelo Camelo se junta ao Hurtmold em turnê com diversas datas já anunciadas. Na América, o Little Joy se junta ao Megapuss, projeto paralelo de Devendra Banhart - que conta com Fabrizio na bateria - para uma série de shows, informa o Sound Board, blog de música do Los Angeles Times.
Não se surpreendam se o próprio Amarante também estiver envolvido nisso. As duas músicas do Megapuss no Myspace têm guitarras que remetem ao estilo e ao timbre do Ruivo em seu tempo de Los Hermanos. Pode ser apenas influência provocada pela convivência.
O certo mesmo é que na próxima quinta-feira, às 22h15, nem Camelo nem Amarante vão estar com suas tv's ligadas no Multishow para assistir o pouco que sobrou: o show de despedida do Los Hermanos na Fundição Progresso. Os antigos fãs, que certamente estarão ligados na tela, alguns com lágrimas nos olhos, outros ainda com as letras na ponta da língua para serem cantadas a plenos pulmões, já não lhes dizem mais respeito. Camelo fez um disco para ser ouvido com atenção às sutilezas. Suas apresentações serão em teatros com acústica privilegiada, para um público comportado. Amarante está longe fazendo o que lhe der na telha sem patrulhas midiáticas ou repreensões ideológicas de um público que quis molda-lo às suas expectativas movidas a fanatismo.
Camelo assume o compositor que agora é. "Doce Solidão", a música, e Sou, o disco, não deixam margens para dúvida. Amarante, quase anônimo em Los Angeles, curte seus pequenos prazeres na companhia de seus novos irmãos. Para o epitáfio me vem à cabeça os versos finais de "O Vencedor": "faço o melhor que sou capaz, só pra viver em paz".
Até mesmo na diferença podem se encontrar paralelos. No Brasil, Marcelo Camelo se junta ao Hurtmold em turnê com diversas datas já anunciadas. Na América, o Little Joy se junta ao Megapuss, projeto paralelo de Devendra Banhart - que conta com Fabrizio na bateria - para uma série de shows, informa o Sound Board, blog de música do Los Angeles Times.
Não se surpreendam se o próprio Amarante também estiver envolvido nisso. As duas músicas do Megapuss no Myspace têm guitarras que remetem ao estilo e ao timbre do Ruivo em seu tempo de Los Hermanos. Pode ser apenas influência provocada pela convivência.
O certo mesmo é que na próxima quinta-feira, às 22h15, nem Camelo nem Amarante vão estar com suas tv's ligadas no Multishow para assistir o pouco que sobrou: o show de despedida do Los Hermanos na Fundição Progresso. Os antigos fãs, que certamente estarão ligados na tela, alguns com lágrimas nos olhos, outros ainda com as letras na ponta da língua para serem cantadas a plenos pulmões, já não lhes dizem mais respeito. Camelo fez um disco para ser ouvido com atenção às sutilezas. Suas apresentações serão em teatros com acústica privilegiada, para um público comportado. Amarante está longe fazendo o que lhe der na telha sem patrulhas midiáticas ou repreensões ideológicas de um público que quis molda-lo às suas expectativas movidas a fanatismo.
Camelo assume o compositor que agora é. "Doce Solidão", a música, e Sou, o disco, não deixam margens para dúvida. Amarante, quase anônimo em Los Angeles, curte seus pequenos prazeres na companhia de seus novos irmãos. Para o epitáfio me vem à cabeça os versos finais de "O Vencedor": "faço o melhor que sou capaz, só pra viver em paz".
2 comentários:
epitafio seria a palavra certa? vejo mais como novos começos, novos horizontes.
nao vejo como um enterro da banda =~
os integrantes, sim, mas a banda não me parece que esteja em um novo começo. A não ser em um horizonte distante, mas não acredito.
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