Segundo a própria CéU, as principais diferenças são as seguintes: Nos arranjos, menos beats e intervenções eletrônicas, trata-se de um disco de banda, muito embora convidados diversos participem de cada uma das faixas; o jogo de coro-resposta dos vocais mudou e apresenta uma nova dinâmica - os coros continuam, menos como resposta e mais como segunda voz, criando ambiências; a conexão sonora mais explícita é com a música jamaicana, quando antes era com a música brasileira.
A produção é assinada por Beto Villares, responsável pelo disco de estreia, de 2005, mas não só. Gui Amabis e o núcleo baixo, guitarra e bateria da Nação Zumbi - Dengue, Lucio Maia e Pupillo são responsáveis pela produção de algumas faixas. A arte da capa será do vocalista Jorge du Peixe e Valentina Trajano.
"Já que não estamos aqui só a passeio / já que a vida, enfim, não é recreio / na bubuia eu vou" são os primeiros versos de "Bubuia". A faixa é assinada por Anelis Assumpção e Thalma de Freitas que dividem os vocais com CéU.
"Cangote" estabelece ponte direta com o reggae com um arranjo dub sinuosamente vaporoso. O finado Gigante Brasil toca bateria na faixa, em uma de suas últimas gravações em estúdio.
"Sonâmbulo" foi composta com os integrantes da banda que a acompanha nos shows e pelo menos desde 2006 vinha sendo tocada nos shows. É um bom exemplo do que CéU diz quando afirma que haverá menos beats no novo disco. Em estúdio, tornou-se mais orgânica.
Também conhecida dos shows, "Visgo de Jaca" retoma a ponte com o Brasil reconfigurando o samba de Sérgio Cabral e Rildo Hora gravado originalmente por Martinho da Vila. Ao lado de "Bubuia" é um desafio às tentativas óbvias de classificação, enquanto "Cangote" e "Sonâmbulo" deixam explícitas a conexão jamaicana a qual ela e Beto Villares se referem ao falar do disco ainda a ser lançado.
Conexão esta reforçada por "Cordão da Insônia", um reggae que não está no EP, que conta com a participação de Curumin na bateria. Outras músicas que não fazem parte do EP mas devem estar no disco são "Vira-lata", composta especialmente para a voz de Luiz Melodia em participação especial, "Comadi", parceria com Beto Villares, além de "Nascente", em coautoria co com Siba.
8 comentários:
Finalmente. Tá difícil esperar esse tempo todo.
Finalmente mesmo...anciosa para ouvir.
finalmente ela deixou o samba de lado.
essas quatro músicas são impressionantes. já tô achando que vai ser melhor que o primeiro.
Samba clássico, no primeiro disco só tem um. Ela sempre foi muito além do samba. Mas realmente, a julgar pelo EP, nada de samba no segundo disco.
quem não gosta de samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça, ou doente do pé... o samba ta no sangue dela e não na música.
o Anonimo tem que aprender a ler, antes de tentar falar merda
Só pra constar, eu acho que é "na bubuia" e não "pra bubuia".. Não se trata de um "onde", mas um "como". Ir na bubia eu acho que é algo como ir "boiando" num rio...
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