Após um show consagrador no Humaitá pra Peixe, a gurizada do Superguidis revelou quais são os planos da banda para 2008: compor novas músicas para um futuro disco, a ser lançado em 2009, gravar um clipe e continuar tocando pelo Brasil para conquistar novos fãs. O foco é a música. Nunca os eventuais benefícios que uma carreira de sucesso poderá proporcionar aos integrantes. Ao apresentá-los, Bruno Levinson, o idealizador e produtor do Humaitá pra Peixe, apostou que este é o ano em que a banda vai estourar. Talvez, "num futuro próximo, ou distante", conforme as palavras do guitarrista e vocalista Andrio Maquenzi. Enquanto isso, atividades rotineiras, como as aulas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o serviço, compõem a nem tão amarga sinfonia dos futuros superstars. Retire-se o super e temos as mais brilhantes estrelas da nova geração do rock gaúcho. Abandonadas as velhas piadas internas, fica-se apenas com o sotaque e uma dúvida: cabe a eles este maldito rótulo? Definitivamente, não é o mais apropriado. Troque o simbolismo da bombacha pela literalidade de guitarras que se chocam e se completam ao estudar-lhes a genealogia. O baixo e a bateria compõem uma cozinha discreta e reta, base sólida para os devaneios elétricos de Lucas e Andrio. As letras funcionam, às vezes ingênuas, tangenciam o humor, sem abuso, versando sobre temas comuns àqueles que se encontram no vácuo entre a adolescência e a vida adulta. Trabalham para adestrar a anarquia guitarreira, mas não adianta. Traduzindo livremente uma expressão comum ao pop internacional, o Superguidis é uma "banda de guitarras".
Perto demais das capitais
Um público fiel foi conquistado entre os gaúchos através de apresentações ao vivo, do boca-a-boca e das plataformas virtuais, com pouco auxílio das velhas e desgastadas mídias. Não que eles as desprezem. Elas é que não estão conseguindo se adaptar à velocidade das renovações. O circuito de festivais independentes, aliada à divulgação via internet, tem aproximado o Superguidis de um público mais amplo em território nacional. A repercussão de uma recente apresentação no Acre ainda causa surpresa e sensação, mas a banda não tem urgência em impor sua dominação sobre outras terras. Ou pelo menos não tem planos imediatos de abandonar o rincão natal. Pretendem construir uma carreira nacional mantendo em Porto Alegre a sua base. Ao contrários de seus "antepassados do rock gaúcho", os integrantes do Superguidis acreditam estar perto demais das capitais. São mesmo outros tempos. Bem-vindos sejam!
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