PELAS TABELAS
Canal Brasil apresenta projeto que reúne 27 compositores da nova geração da música brasileira em série de 13 programas.
A partir de 5 de junho, às sextas-feiras, na faixa nobre do Canal Brasil.
Horário de exibição: a partir de 5 de junho, às sextas-feiras, às 21h; reprise nos domingos, às 12h.
O projeto Pelas Tabelas faz o registro documental de uma geração de compositores através das relações de parceria e amizade dentro do universo da música brasileira. A cada programa, dois convidados são retratados. A narrativa é construída "pelas tabelas" dos próprios personagens em três situações diferentes: um momento individual com cada um dos convidados e um encontro entre ambos. Os compositores falam sobre suas afinidades musicais, seus processos criativos e suas trajetórias particulares, relembrando músicas marcantes em suas carreiras, desde suas primeiras composições até suas produções mais recentes.
Pelas Tabelas estreia com Rodrigo Maranhão e Edu Krieger relembrando seus tempos de colegas na UniRio e do reencontro agora como dois dos mais respeitados compositores da nova geração da música brasileira. No programa, falam sobre a importância da cantora Maria Rita para a consolidação das carreiras autorais de ambos e se apresentam juntos em um show de voz, cavaquinho e violões na companhia do acordeonista Marcelo Caldi.
No único programa em que a tabela se torna uma triangulação, Moreno Veloso, Domenico Lancelotti e Kassin retomam a formação original do trio em números musicais baseados em guitarra, baixo e MPC. Kassin relembra o dia em que conheceu Moreno, sem saber que se tratava do filho de Caetano Veloso. O trio revela ainda que enquanto projeto musical o +2 cumpriu o objetivo de lançar três discos, cada qual tendo um integrante à frente da banda, e que agora eles devem deixar o nome de lado, embora ainda tocando juntos.
Pelas Tabelas passeia pelos diversos estilos e ambientes da atual música brasileira. Trazendo um acento jazzístico ao projeto, o pianista e compositor André Mehmari abre sua casa na Serra da Cantareira, em São Paulo, para receber o guitarrista e compositor Chico Pinheiro em quatro números musicais que contam com a participação da cantora Luciana Alves.
Até mesmo novas parcerias surgem dos encontros promovidos dentro do Pelas Tabelas. Companheiros de longa data das noites da Lapa, os cariocas Nilze Carvalho e Alfredo del Penho dão o pontapé inicial para a sua primeira parceria em um choro que surge espontaneamente nas escadarias das Casas Casadas, casarão antigo localizado no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
Lucas Santtana, Rubinho Jacobina e equipe durante gravação no forte de São João, na Urca, Rio de Janeiro.
Duas possíveis novas parcerias surgem também no encontro da dupla Rubinho Jacobina e Lucas Santtana. Ao fim do encontro, Rubinho convida Lucas a letrar uma música nova. Lucas, em retribuição, também propõem uma parceria a Rubinho, apresentando uma composição sua ainda sem letra.
No ambiente musical paulistano, Pelas Tabelas reúne ainda dois dos mais originais compositores da cena independente nacional. De um lado, Romulo Fróes desmistifica a sua imagem de "sambista triste", apresentando composições do seu álbum mais recente No Chão Sem o Chão, ao lado de seus parceiros e artistas plásticos Clima e Nuno Ramos. Juntos no ateliê de Nuno, eles falam sobre o processo de criação musical coletiva que norteia os trabalhos de Romulo. Do outro lado da tabela, o compositor e multi-instrumentista Curumin apresenta suas músicas e sua poética, inspirada nas ruas da metrópole, comentando a pluralidade ritmica do seu tão aclamado disco Japan Pop Show - escolhido pela Rolling Stone brasileira como um dos dez melhores discos nacionais de 2008. No encontro de ambos, um momento raro: Romulo troca seu habitual violão por uma guitarra semi-acústica, improvisando riffs insólitos ao acompanhar Curumin no proto-funk carioca "Caixa Preta".
Ainda na cena paulistana, Céu e Beto Villares se encontram no Estúdio Ambulante, local onde está sendo gravado o novo disco da cantora e compositora. Eles falam sobre a busca de uma sonoridade própria e original em seus trabalhos e relembram algumas parcerias. Sobre "Valsa Para Biu Roque", revelam que a música foi inspirada em uma canção de domínio público - "Maria, Minha Maria" - gravada pelo próprio Biu Roque em disco do compositor pernambucano Siba. Essa música é executada com exclusividade no programa Pelas Tabelas, tendo Beto Villares no violão e Céu no vocal.
Mostrando também a influência da cena pernambucana na música brasileira atual, Pelas Tabelas dedica um programa aos compositores Junio Barreto e Fabio Trummer - este da banda Eddie. Eles recriam o processo de composição de "Quase Não Sobra Nada", primeira e única parceria de ambos, presente no novo disco do Eddie (Carnaval no Inferno). Os dois falam também sobre o forte núcleo musical pernambucano presente em São Paulo atualmente.
Os pernambucanos Fábio Trummer e Junio Barreto conversam e tocam em torno de uma mesa de bar em São Paulo.
Dois dos maiores expoentes da música instrumental brasileira também marcam presença no Pelas Tabelas. Yamandu Costa e Hamilton de Holanda travam duelos furiosos entre o violão de sete cordas do gaúcho e o bandolim singular de Hamilton.
A poesia de Fernando Pessoa é o ponto de partida do encontro entre Vitor Ramil e Fred Martins, resultando em um programa inusitado. Mesmo sem se conhecerem previamente e tendo em comum apenas a adaptação do poema "Noite de São João", de Pessoa, os compositores se encontram pela primeira vez no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, para um diálogo sobre a herança musical brasileira em suas respectivas obras e o diálogo com a literatura em seus trabalhos.
Concebido e dirgido pelos gaúchos Caio Jobim e Pablo Francischelli e produzido pela Carioca Filmes, Pelas Tabelas produz um diálogo criativo entre alguns dos autores contemporâneos da nossa música, esboçando um desenho do momento efervescente da música brasileira. Mais do que falar de nomes isolados ou de tentar identificar movimentos pontuais, Pelas Tabelas documenta as conexões e as relações dentro desse universo, bem como as músicas e ideias geradas dentro dele.
Os programas tem duração de 25 mintutos e vão ao ar sextas-feiras, às 21h, com reprise aos domingos, às 12h, no Canal Brasil.
Exibição dos programas:
05 de junho - Rodrigo Maranhão e Edu Krieger
12 de junho - +2 (Moreno, Kassin e Domenico)
19 de junho - André Mehmari e Chico Pinheiro
26 de junho - Nilze Carvalho e Alfredo del Penho
3 de julho - Raphael Gemal e Carlos Pontual
10 de julho - Céu e Beto Villares
17 de julho - Rubinho Jacobina e Lucas Santtana
24 de julho - Junio Barreto e Fábio Trummer
31 de julho - Yamandu Costa e Hamilton de Holanda
7 de agosto - Romulo Fróes e Curumin
14 de agosto - Vitor Ramil e Fred Martins
21 de agosto - Pedro Luis e Lula Queiroga
28 de agosto - Siba e Roberto Correa
Ficha Técnica:
Realização: Canal Brasil
Produção: Carioca Filmes
Concepção, direção, roteiro e edição: Caio Jobim e Pablo Francischelli
Produção Executiva: Cristoph Dubnitz e Cristina Linhares
Direção de fotografia e câmera: Julia Schmidt e Rita Albano
Técnico de som: Breno Furtado
Assistência de direção: Fernanda Miranda
Coordenação de produção: Kiko Fisher
Trilha de abertura: Flu e Benjão
3 comentários:
Parabéns pelo projeto.
Espero que a série possa ter outras temporadas retratando outros compositores que ficaram de fora e mostre outras parcerias ou encontros.
Sugestões para futuras temporadas
Vinícius Calderoni e Tó Brandileoni
Claudia Cunha e Manuela Rodrigues
Luciano Salvador Bahia e Giana Viscardi...
Obaaaa
O melhor mesmo é ver pronto!
Já vou avisar a galera aqui...
Bjus
Yumi
e Ambulantes !
Acredito que o programa por si só, já seja uma forma de reconhecer que o mundo musical vai além das montanhas mesmas. Parabéns a todos envolvidos no projeto, mas por enquanto a galerinha "antenada" ainda tá no lado A da parada. Se procurarem no lado B vai ver que pé de vento não calça meia, como já se dizia em meus tempos de Irajá.
E um viva aos banguelas esqualidos e aos intelectuais que ainda não sabem a diferença de bens culturais e cultura de entreternimento.
E sendo obvio que o significado do Jazz é coito, o Pop/Rock so pode ser o coitado disso tudo.
Valeu, Fui.
Marcus Marmello
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