sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Eddie libera disco novo no Som Barato
O aperitivo disponibilizado no Myspace indica que após o mediano Metropolitano (2006), o Eddie vem com outra coleção de pérolas do pop pernambucano, tal qual em Original Olinda Style (2008). Há urgência em conferir.
"Carnaval no Inferno" tem onze faixas, a produção é assinada por Fábio Trummer e Buguinha, e conta com participações de Karina Buhr, Curumin e Erasto Vasconcelos, entre outros. O irmão de Naná canta na faixa título e tem regravada a sua "O Baile Betinha", que ultimamente sempre vinha sendo tocada pela banda em seus shows. "Me Diga o que Não Foi Legal" é outra já conhecida de apresentações ao vivo.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Mallu e Camelo
O ingresso é o preço do bondinho: R$ 44,00. Cariocas pagam R$ 22,00 mediante apresentação de comprovante de residência.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Little Joy em imagens caseiras
Mas é totalmente válido quando parte de uma iniciativa da banda, de convidar amigos próximos que tenham ligações com o audiovisual, ou não, talvez nem seja preciso ter, para fazer um registro direto e despretensioso.
É o caso do Little Joy, com uma versão acústica e inédita de "Next Time Around", que de certa forma remete aos clipes gêmeos de "Morena" e "Condicional", dos tempos de Los Hermanos:
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
A Mula é Manca e Fabulosa
Mas Amor e Pastel passou em branco, ou, no mínimo, não alcançou a repercussão que merecia. A ponto de a banda não ter vindo ao Rio para divulgar o disco. Não por falta de vontade. Em emails trocados com o produtor da banda logo depois do lançamento, ele contou estar negociando a vinda da Mula Manca ao sudeste. Não sei se chegaram a ir a São Paulo.
Felizmente, a disseminação de um projeto paralelo de seus integrantes associados ao pianista Vitor Araujo, o Seu Chico, em que reinterpretam canções de Chico Buarque com um sotaque pernambucano, despertou o interesse do público "sulista". Shows foram marcados e no mês passado, paralelamente às apresentações lotadas do Seu Chico no Teatro Odisséia, a banda fez duas apresentações no Cinemathèque Jam Club.
Pindzim compareceu à segunda. Havia pouca gente, todos contidos, apesar da performance expansiva e por vezes teatral de Tibério Azul. Não sei se a primeira foi diferente, mas se no mesmo Cinemathèque a primeira apresentação do Seu Chico fora uma festa, a derradeira apresentação da Mula Manca estava mais para a triste figura de O Circo da Solidão do que a da fabulosa de Amor e Pastel. Nem por isso a banda esmoreceu. No palco, mostraram que se trata de uma das boas bandas brasileiras da atualidade. Hoje, talvez, a mais interessante da terceira geração pernambucana pós-mangue, agora que o Mombojó perdeu seus dois músicos mais inventivos e se acomoda nos trilhos do rock convencional.
Aqui, "Pé no Chão", uma das músicas de Amor e Pastel, no show do dia 10 de outubro:
Comentário ouvido no show referenda o que Pindzim ouvira de amigos a respeito da banda: entre os admiradores cariocas do grupo há uma preferência pelo primeiro disco da banda, O Circo da Solidão. Concebido como uma ópera rock-poético-circense, a estréia da Mula Manca apresenta uma banda peculiar, com uma identidade própria bem definida. Referências literárias, especialmente a triste figura de Dom Quixote, a música brasileira difusa se insinua aqui e ali, e o universo do circo. O apelo pop latente em Amor e Pastel se oculta diante da simplicidade da produção, que mais se aproxima dos resultados de uma fita demo do que de um disco pronto e acabado. Há pinceladas de humor, muito mais evidentes em Amor e Pastel, mas a farra que se inicia na folia, com "Carnaval", vai mergulhando em uma melancolia desesperada e se encerra com a desesperada "Ainda Sou Louco o Bastante para Rir".
Faixa central, que foi pedida pelo público do Rio em evocação ao primeiro disco, "O Palhaço e a Bailarina" dá a medida entre um extremo e outro. Ele quer conquistá-la sorrindo, mas acaba tendo a maquiagem borrada pelas lágrimas de um amor impossível:
Mas é justamente esse estilo underground, para não dizer tosco - independente não compreende o sentido que O Circo da Solidão tem para esses admiradores - que o torna um disco especial, icônico. Há um sentimento de traição às origens da banda que sabota o evidente passo adiante que, de fato, representou Amor e Pastel. Parte desta frustração advem também das expectativas criadas pelo "segundo disco". Para isso, só há um remédio: o terceiro disco. Músicas novas foram mostradas no Rio. É de se esperar que em breve a triste figura venha a se reconciliar com a fabulosa. Afinal, entre a solidão e o amor a distância é tênue.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Claro Cine e a cena independente
É um evento de contrastes. Na área cinematográfica, predominam os filmes da indústria americana em exibição na super tela de 282 metros quadrados - o tamanho de uma quadra de tênis. Serão dez pré-estréias e dez reprises. Entre os inéditos, destaque para "Rebobine, Por Favor", do cineasta francês Michel Gondry, de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, e o novo dos oscarizados irmãos Cohen, "Queime Depois de Ler", com Brad Pitt e George Clooney no elenco
Do lado da musical, somente boas bandas do circuito independente brasileiro - entre elas Nação Zumbi, Cidadão Instigado, Brasov e Orquestra Contemporânea de Olinda. Nos fins de semana, festas como Moo (Rio), I Love Cafusu (Recife) e uma noite no Clash Club (SP) ocupam a tenda festiva. E o melhor: o pacote sai a um preço bastante acessível: R$ 36 a entrada inteira, e R$ 18,00 a meia.
Abaixo, a programação completa:
18/11 - Somente para convidados - Filme: Rede de Mentiras (Ridley Scott) em pré-estréia / Show: Ana Cañas recebe Marina Lima e Arnaldo Antunes
19/11 - Filme: Max Payne (John Moore) em pré-estréia / Show: Nação Zumbi
20/11 - Filme: Queime Depois de Ler (Irmãos Cohen) em pré-estréia / Show: Canastra e Moptop
21/11 - Filme: Rede de Mentiras (Ridley Scott) em pré-estréia / Show: Cidadão Instigado / Festa: I Love Cafusu
22/11 - Filme 1: WALL.E (Andrew Stanton) / Filme 2: "Rebobine, Por Favor" (Michel Gondry) em pré-estréia / Festa: Moo
23/11 - Filme: Planeta Terror (Robert Rodriguez) / Show: Móveis Coloniais de Acaju
25/11 - Filme: Segurando as Pontas (David Gordon Green) em pré-estréia / Show: Wilson das Neves com participação de Marcelo D2
26/11 - Filme: Entre Lençóis (Gustavo Nieto Roa) em pré-estréia / Show:
Brasov com participação de Wando e Pepeu Gomes27/11 - Filme: Um Homem Bom (Vicente Amorim) em pré-estréia / Show: Vanguart / Festa: Clash Club apresenta DJ's Rumenige & Loktibrada
28/11 - Filme: Quarentena (John Erick Dowdle) em pré-estréia / Show: João Brasil / Festa: Calzone
29/11 - Filme 1: Ratatouille (Brad Bird) / Filme 2: Mamma Mia! (Phyllida Lloyd) / Show: Do Amor / Festa: Gente Bonita Clima de Paquera
30/11 - Filme: Appaloosa - Uma Cidade sem Lei (Ed Harris) / Show: Rabotnik + The Twelves
02/12 - Filme: Sin City - Cidade do Pecado (Robert Rodriguez r e Frank Miller) / Show: DJ Mari Zander + DJ Vivie Ann
03/12 - Filme: Batman - O Cavaleiro das Trevas (Christopher Nolan) / Show: Orquestra Contemporânea de Olinda
04/12 - Filme: Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (Roberto Farias) / Show: Lafayette e Os Tremendões
05/12 - Filme: The Rolling Stones - Shine a Light (Martin Scorcese) / Festa: Phunk convida Davi Moraes
06/12 - Filme 1: Kung Fu Panda / Filme 2: Estômago (Marcos Jorge) / Show: Casuarina com participação de Tereza Cristina e Ana Costa
07/12 - Filme: Bustin' Down the Door (Jeremy Gosch) em pré-estréia / Show: Aliados + The Silvas com participação de Paulo Miklos
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Clipe - Enladeirada - Thalma e 3naMassa
3 Na Massa - Enladeirada from Nublu on Vimeo.
domingo, 2 de novembro de 2008
Mariana Aydar em estúdio no Rio
A informação foi extraída da parte 1 do programa "Na Sala com Tatá", uma produção da Enxame TV, com apresentação do jornalista Ronaldo Evangelista. Romulo, por sua vez, está masterizando o seu terceiro disco, que será duplo, com 33 canções.
Também foi no blog do Ronaldo, o Vitrola, que o programa foi descoberto. Blog e programa são altamente recomendáveis.
Veja aqui, um clipe extraído do programa. Romulo e Mariana interpretam em voz e violão, o grande hit do álbum de estréia da cantora: Zé do Caroço, samba de Leci Brandão.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Marcelo Camelo imprevisível
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Gui Boratto hoje em Nova York
Boratto vai se apresentar sozinho no Cielo apenas com um laptop e uma bateria eletrônica. No seu texto, entre elogios a Cromophobia, disco de estréia do músico, produtor e compositor, Frere-Jones diz que o show de Boratto pode ser um dos melhores do outono americano.
Tim Festival 2008: Noite 100% Nacional
domingo, 26 de outubro de 2008
Tim Festival 2008: Esperanza Spalding canta "Ponta de Areia"
Para ver outro momento do show de Esperanza Spalding, em que ela canta "I Know You Know", clique aqui.
sábado, 25 de outubro de 2008
Crônicas de um festival anunciado
O rapper americano conseguiu lotar o palco principal da edição carioca do Tim 2008. Em sua apresentação, West é a estrela solitária rimando sobre bases pré-gravadas a frente de um cenário inspirado em um futuro de penúria. Incandescente, seco e monótono. Em frente ao palco, fãs animados dançavam e gravavam o show com suas câmeras e celulares. À medida que se caminhava para o fundo da tenda, predominava a badalação.
Na outra tenda, o The National começou sua apresentação para muito pouca gente que de fato conhecia a banda. A iluminação, clara demais, tornava o clima ainda mais impessoal e frio. O som embolado não contribuía para criar empatia com o público. Não agradou.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Tim Festival 2008: Rosa Passos e o cansaço do samba-jazz
O público ainda se acomodava na tenda do Tim Festival quando, às 23h10 (mais de uma hora de atraso), Rosa Passos entrou no palco cantando "Vatapá", de Dorival Caymmi, compositor que, junto de Tom Jobim, foi o mais lembrado da noite. "Esse é um show que eu já apresentei nos Estados Unidos e na Europa, um concerto em homenagem a Caymmi e à bossa nova. Compositor e movimento sempre serão dignos de lembrança, mas o show de Rosa chega em um momento em que, por força das circunstâncias, tais reverências encontram-se no limite da saturação.
Ainda na terceira música, começou a ocorrer um fenômeno que acompanharia toda a apresentação. Casal sentado na nossa mesa, comentou: "depois do Sonny Rollins, essa Rosa não dá, não". Levantaram-se e foram embora. Já na primeira noite, um erro primário de escalação, colocando um instrumentista virtuoso para tocar antes de uma cantora brasileira cujas pretensões artísticas estão muito além do espetáculo que proporciona. Rosa tem uma boa voz. Sua amplitude vocal permite-lhe ir da suavidade à potência em um mesmo verso. Porém, as tentativas de alterar a métrica e a melodia dos canções, emulando improvisos jazzísticos instrumentais com a voz, resulta em um pedantismo inócuo.
Sua banda é composta por instrumentistas virtuosos, afinal, se não o fossem, não tocariam com ela, afirmou a cantora ao apresentá-los. O que deveria ser uma qualidade resulta em interlúdios instrumentais obrigatórios em todas as canções, prejudicando-lhes a execução. Nestes momentos, Rosa posta-se ao lado do instrumentista, olhos fechados. O que para ela é puro prazer, a platéia recebe com enfado. Tanto que quando ela anuncia que deixará o palco para um set instrumental, as luzes sobre a platéia se acendem e o que se vê é uma debandada considerável por parte do público.
O ponto alto do show acontece quando ela pega o violão e a banda se retira, ficando acompanhada apenas pelo baixista Paulo Paulelli. Aos primeiros acordes de "O Que Que a Baiana Tem?", a mulher sentada na mesa ao lado comenta com a amiga: "aí que é a Rosa Passos, assim é que ela manda bem". É quando ela se aproxima do epíteto "João Gilberto de saias" que muitas vezes lhe é impingido. Onde João é minimalista, Rosa é vigorosa. O violão de João é sambista; o seu é jazzístico. As batidas ritmadas fazem digressões sobre a harmonia e a melodia das canções e, por quatro músicas, Rosa consegue fazer seus improvisos soarem naturais em língua portuguesa. Mas foi cantando um samba que o show alcançou o seu ápice. Em uma interpretação convencional de "Pra que discutir com madame?", de Haroldo Barbosa e Janet de Almeida, que faz parte do repertório de João, o público chegou a ensaiar um coro. Mas foi só.
Em seguida, ao travestir "Águas de Março" de jazz, alterando a métrica dos versos e a melodia vocal, afasta-se do público para não mais se aproximar. Exceto, é claro, daqueles fãs incondicionais citados no começo desta postagem. Quem esperava por uma apresentação do nosso "João Gilberto de saias", podia ter evitado a frustração ao observar que Rosa Passos entrou no palco trajando calças. E o violão, instrumento fundamental à materialização do desejo do público, foi antes um elemento decorativo para os malabarismos de piano, baixo, sopros e bateria. E, principalmente, vocais.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Marcelo Camelo: solo e contente
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Vazou: disco do Little Joy já está na rede
Quem quiser ir se adiantando na audição pode clicar aqui.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Arnaldo Antunes e Roberta Sá substituem Paul Weller
A organização do festival parece não ter se preocupado nem um pouco em ao menos tentar agradar àqueles que ficaram descontentes com o cancelamento de última hora do roqueiro inglês. Ao mesmo tempo, não é razoável supor que alguém se decida a pagar R$ 140,00 para assistir ao velho cantor e à jovem cantora. Faltou criatividade. Melhor seria apostar em nomes menos óbvios e compensar a subsituição com quantidade. Para usar um verbo recorrente em seu novo disco, caberá a Marcelo Camelo salvar a noite.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Little Joy ao vivo: Roots, Rock, Reggae
A voz continua a mesma, mas as linhas de baixo anti-convencionais já não são as mesmas. É só impressão ou Amarante está tocando na base da palhetada? Bem, no vídeo não se ouvem mesmo os graves. O que se destaca é o orgão.
Há também uma inédita, embora a princípio não se tenha certeza. Sem prestar atenção, nem se nota Amarante agora na guitarra, com Binki ao seu lado acompanhando no violão. A batida é outra, mas o clima é o mesmo. A monotonia ensolarada de um fim de tarde californiano refletido no espelho retrovisor de um banheirão vintage.
Música de raiz, não se pode negar.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Disco do Little Joy sai dia 4 de novembro no exterior
Little Joy:
01 The Next Time Around
02 Brand New Start
03 Play the Part
04 No One's Better Sake
05 Unattainable
06 Shoulder to Shoulder
07 With Strangers
08 Keep Me in Mind
09 How to Hang a Warhol
10 Don't Watch Me Dancing
11 Evaporar
Enquanto isso, o Little Joy sai em turnê com o Megapuss, projeto paralelo de Devendra Banhart e Gregory Rogove, cujo disco de estréia, Surfing, tem lançamento digital marcado para o dia 16 de setembro. CD e LP saem no dia 8 de outubro.
Os laços entre as bandas vão além do fato de excursionarem juntas. Nos shows, Fabrizio Moretti assume a bateria do Megapuss. Além disso, colaborou na letra e fez uma participação vocal em "Theme From Hollywood", que vai estar no disco da banda de Devendra e Rogrove. Amarante também teria participado tocando baixo em algumas faixas. Entretanto, ouvindo as duas músicas disponibilizadas no Myspace do Megapuss é de se supor que o ruivo também colaborou com sua guitarra distorcida. Por sua vez, Rogrove vai integrar a formação de palco do Little Joy. Georgeson também. Duas bandas, uma família musical.
Confira a agenda de shows. Caso você vá viajar para os Estados Unidos nesse mês de setembro, ou esteja com muita saudade de Amarante, é só se programar:
24/09 - San Diego, CA - Casbah
25/09 - Los Angeles, CA - Troubadour
26/09 - Big Sur, CA - Festival in the Forest
28/09 - San Francisco, CA - The Independent
30/09 - Seattle, WA - Neumos
01/10 - Portland, OR - Doug Fir
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Adeus Mestre Salu
Bom de ritmo, por ironia, Salu morreu ontem vitimado por arritmias cardíacas decorrentes da doença de Chagas. Deixou quatro discos como legado -Sonho da Rabeca, Família Salustiano - Três Gerações, Mestre Salustiano e o Cavalo-marinho, e Mestre Salu e a sua rabeca encantada- e uma família de músicos que não deixará que a morte do patriarca encerre uma das mais nobres linhagens culturais do Brasil.
Em maio, Mestre Salu se apresentou no Rio de Janeiro. Pindzim deixa aqui, para todos, a sua última lembrança: um maracatu em homenagem ao Leão Colorado.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
As últimas dos Hermanos
É de se supor que a escolha de "Doce Solidão" como música de trabalho faça parte da tradicional estratégia, que vem de seus tempos de Los Hermanos, de revelar o mínimo possível até a segunda parte do lançamento, marcada para a próxima sexta, dia 29, quando mais nove canções, das 14 que compõem o álbum, poderão ser ouvidas no Sonora. Quatro ficarão guardadas para o lançamento do disco, em 8 de setembro.
Até mesmo na diferença podem se encontrar paralelos. No Brasil, Marcelo Camelo se junta ao Hurtmold em turnê com diversas datas já anunciadas. Na América, o Little Joy se junta ao Megapuss, projeto paralelo de Devendra Banhart - que conta com Fabrizio na bateria - para uma série de shows, informa o Sound Board, blog de música do Los Angeles Times.
Não se surpreendam se o próprio Amarante também estiver envolvido nisso. As duas músicas do Megapuss no Myspace têm guitarras que remetem ao estilo e ao timbre do Ruivo em seu tempo de Los Hermanos. Pode ser apenas influência provocada pela convivência.
O certo mesmo é que na próxima quinta-feira, às 22h15, nem Camelo nem Amarante vão estar com suas tv's ligadas no Multishow para assistir o pouco que sobrou: o show de despedida do Los Hermanos na Fundição Progresso. Os antigos fãs, que certamente estarão ligados na tela, alguns com lágrimas nos olhos, outros ainda com as letras na ponta da língua para serem cantadas a plenos pulmões, já não lhes dizem mais respeito. Camelo fez um disco para ser ouvido com atenção às sutilezas. Suas apresentações serão em teatros com acústica privilegiada, para um público comportado. Amarante está longe fazendo o que lhe der na telha sem patrulhas midiáticas ou repreensões ideológicas de um público que quis molda-lo às suas expectativas movidas a fanatismo.
Camelo assume o compositor que agora é. "Doce Solidão", a música, e Sou, o disco, não deixam margens para dúvida. Amarante, quase anônimo em Los Angeles, curte seus pequenos prazeres na companhia de seus novos irmãos. Para o epitáfio me vem à cabeça os versos finais de "O Vencedor": "faço o melhor que sou capaz, só pra viver em paz".
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Santa Tereza vira território pernambucano em agosto
A música será a atração principal, com apresentações de Siba e a Fuloresta, Academia da Berlinda, Guardaloop e Zé Cafofionho -todos inéditos em palcos cariocas-, os velhos conhecidos Eddie e a cirandeira Lia de Itamaracá, e ainda Vitor Araújo, Coco de Umbigada e Mestre Salustiano. A programação ainda não foi divulgada oficialmente -o que deve acontecer nos próximos dias-, mas estas são algumas das atrações já confirmadas.
Artes plásticas, cinema, fotografia, design, moda e performances também ocuparão os vastos salões, jardins e varandas do Solar. Enquanto agosto não vem, fiquem com um vídeo de Mestre Salustiano em sua passagem pelo Rio de Janeiro, em maio.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Lica: Winehouse à brasileira
Coube à Bidê ou Balde fechar a noite com seu rock retrô irônico e piadista. Era a preferida do público presente, majoritariamente formado por colegas do curso de Comunicação Social da PUC-RS, como grande parte dos integrantes tanto da Groove quanto da Bidê. E se já colaborava para eu me sentir deslocado o fato de ser estudante da UFRGS, mais contribuiu minha incapacidade de ver qualquer valor musical ou humorístico na banda liderada pela lenda viva Carlinhos Carneiro. Havia também uma garota que fazia a segunda voz. Sua voz pouco se ouvia. Tinha uma função muito mais decorativa do que musical.
Por que me veio à lembrança aquela noite na serra há quase 10 anos atrás? Há pouco tempo, alguns integrantes das duas bandas que tocaram naquela noite reuniram-se com outros músicos da cena local para formar o Império da Lã, uma banda que, entre covers variados, se propõe a recriar na íntegra clássicos do pop internacional em apresentações ao vivo.
Que as comparações parem por aqui para que eu não seja levado a mal, mas deu vontade de ver Lica à frente de uma banda explorando todas as suas possibilidades como vocalista e performer para além das limitações que o ritmo e a poesia do hip-hop inevitavelmente impõem à sua musicalidade. O Império da Lã seria a banda perfeita. Nas mãos de um bom produtor, Lica poderia ser não a Winehouse brasileira, mas sim uma Winehouse à brasileira. Até pode-se enxergar uma certa semelhança física entre as duas.
terça-feira, 8 de julho de 2008
Otto apresenta música nova em show no Studio SP
Os distúrbios que lhe fazem acordar, ou melhor, viver como personagem de sonhos intranqüilos parecem estar no seu inconsciente. Como conseqüência óbvia, notam-se alguns excessos que, no Studio SP, prejudicaram a sua voz, para ficar apenas no elemento mais importante para um cantor. Por exemplo, fumar cigarros enquanto canta.
Em shows anteriores, os exageros psicotrópicos do cantor faziam parte da festa e não chegavam a prejudicá-lo. Uma apresentação de Otto se vale principalmente pelo divertimento que ele -com suas músicas de poética peculiar e a sua banda- proporciona aos seus convidados. Mas já faz algum tempo que Otto vem sendo acometido por sonhos intranqüilos. Pelo menos desde 2005 já estava definido o nome de seu quarto disco cuja produção já foi finalizada, mas ainda não foi lançado. Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranqüilos é inspirado na frase inicial de A Metamorfose, livro de Franz Kafka em que o personagem principal acorda transformado no mais repulsivo dos insetos.
Para quem vem de um disco Sem Gravidade representa uma verdadeira mutação. Naquela madrugada no Studio SP, Otto se debatia no palco, mais do que pulava e dançava, o que também fazia, mas sempre com um certo travo. Desengonçado ele sempre foi, mas o sentimento era o de inadequação, tal qual um personagem kafkiano. Como quem aos poucos se acostuma a uma nova identidade, do meio para o fim Otto foi adquirindo a fluência de palco natural à sua performance.
Então, veio a primeira música do disco novo. A letra e a melodia de "Filha" revelam uma certa melancolia incomum às antigas canções de Otto. Aparentemente, é aí que se opera a metamorfose do cantor, mas é preciso esperar o disco na íntegra para saber até que ponto há realmente uma tranfosrmação. Ainda sobre a música, apesar do título, ela parece se referir antes à mãe do que à filha. Tirem vocês as próprias conclusões:
Otto - Filha - Studio SP, 21/06, 2:30 a.m.
Antes de apresentá-la, Otto abriu ao público suas dúvidas a respeito do lançamento de Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranqüilos. Produzido de forma totalmente independente por ele e por Pupillo, sem gravadora, o disco não tem uma plataforma definida para o lançamento. Otto diz estar pensando em liberá-lo de graça nas redes da internet. Quando? Imprevisível, bem ao estilo Otto.
domingo, 29 de junho de 2008
3naMassa debuta em palcos brasileiros
Rodrigo Amarante lançará disco com baterista do The Strokes
Mas é sabido também que Amarante é dado a projetos coletivos e participações especiais. Para ficar em um exemplo óbvio, pense na Orquestra Imperial. Ou no 3naMassa, para quem ele escreveu a letra de "Tatuí". Mas há também a obscura colaboração vocal em O Ciclo da De:cadência, estréia em disco do Cidadão Instigado. E as participações em álbuns de Vanessa da Mata e Adriana Calcanhotto.
Há muito já se ouve falar de um possível projeto paralelo de alguns integrantes do The Strokes envolvendo a participação de Amarante. Agora, através do site da banda nova yorkina, ficamos sabendo que, sob o nome de Little Joy, Amarante, o baterista dos Strokes Fabrizio Moretti e a misteriosa e/ou desconhecida Binki Shapiro vão lançar um disco no outono do hemisfério norte -primavera aqui no Brasil. A data de lançamento deve ser anunciada em breve. O disco vai sair pelo selo britânico Rough Trade Records.
Binki Shapiro em foto: nova parceira musical de Rodrigo Amarante
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Camelo deve lançar disco solo em setembro
Depois de confirmar shows no Canecão, no Rio, em dezembro, surgiram mais duas datas em sua página no Myspace. No Cine-Theatro Central em Juiz de Fora, no dia 4 de outubro; e na Concha Acústica do Teatro Castro Alves em Salvador, no dia 21 de setembro.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Marcelo Camelo cai na estrada com o Hurtmold
Há um mês atrás, Marcelo decretou "oficialmente" o início de sua trajetória solo com o anúncio de que estava finalizando as gravações do disco, que conta com participações de Dominguinhos, da pianista clássica Clara Sverner, de Domênico Lancellotti e da banda paulistana Hurtmold.
Como a turnê está programada para começar em setembro, até lá o disco deve chegar ao público. Nos shows solo, Marcelo Camelo será acompanhado pelo Hurtmold, cujos integrantes são: Fernando Cappi (guitarra e bateria), Guilherme Granado (piano e vibrafone), Marcos Gerez (baixo), Mário Cappi (guitarra), Maurício Takara (bateria, trompete e guitarra) e Rogério Martins (percussão).
Por enquanto, estão confirmadas duas noites no Canecão, no Rio de Janeiro, nos dias 13 e 14 de dezembro, cujos ingressos já estão a venda na internet. Rumores dão conta de que antes disso Marcelo irá se apresentar no Tim Festival 2008 - que acontece entre os dias 22 e 26 de outubro -, e em Salvador, em setembro, possivelmente na Concha Acústica do Teatro Castro Alves.
Os fãs já podem começar a contagem regressiva. Definitivamente, agora falta pouco para que o outrora hermano Marcelo Camelo revele a sua nova fase musical.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
3naMassa ganha o mundo
Veja abaixo um vídeo produzido para apresentar o disco aos gringos. Se não apresenta grandes novidades, vale por trazer o núcleo musical do 3naMassa e algumas de suas musas falando sobre o projeto.
Agenda de shows confirmados:
21 jun 2008 20:00 3 Na Massa @ Les Invites de Villeurbanne - Lyon (França)
25 jun 2008 20:00 3 Na Massa @ Nublu 6th Anniversary - NYC, New York (Eua)
27 jun 2008 20:00 3 Na Massa @ Joe’s Pub - NYC, New York (Eua)
29 jun 2008 20:00 3 Na Massa @ Montreal Jazz Festival Montreal (Canadá)
30 jun 2008 20:00 3 Na Massa @ Montreal Jazz Festival Montreal (Canadá)
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Prêmio Tim: Rodrigo Maranhão vence em duas categorias
"Quando canta é pra salvar
Quando fala é pra avisar
Quando chega é pra arrastar
as cabeças do lugar
Quando chega é pra encantar
Meu eterno e santo lar..."
(Ciranda)
Os prêmios são para ele, Rodrigo, mas quem ganha é a música brasileira.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Amanhã tem Raphael Gemal em Copacabana
Amanhã, Raphael Gemal e sua Máquina - musical, que fique claro - se apresentarão no palco da Sala Baden Powell. Copacabana será ao mesmo tempo princesa, bandida e meretriz. Certeza é que vale conferir.
Local: Sala Baden Powell - Nossa Senhora de Copacabana, 360.
Horário: 19:30
Ingresso: R$ 14,00 / Lista amiga e estudante: R$ 7,00
Informações: 2548-0421
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Eddie no Teatro Odisséia hoje
Depois de uma apresentação no Cinematèque Jam Club, no fim do ano passado, o Eddie volta ao Teatro Odisséia. Sem dúvida o palco mais apropriado para a banda apresentar o seu original olinda style em terras cariocas. Veja abaixo um vídeo da última apresentação da banda no sobrado da Lapa, com a participação de China.
Local: Teatro Odisséia - Av. Mem de Sá 24, Lapa.
Horário: 23:00 (mas o show deve começar por volta da meia-noite)
Ingresso: R$ 15,00 / Lista amiga e estudante: R$ 10,00
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Edu Krieger e Rodrigo Maranhão juntos no palco (e nas telas)
Por coincidência, ou não, Edu Krieger e Rodrigo Maranhão já tinham em mente a realização de um show em parceria cujo formato havia sido experimentado na véspera do carnaval deste ano em uma apresentação no Mistura Fina. Para os shows no Cinemathèque, convidaram o integrante comum às suas respectivas bandas - Marcelo Caldi acrescentou o acordeon aos arranjos de voz, violão e, as vezes, cavaquinho. Não houve necessidade de ensaios, já que o repertório de um é dominado pelo outro e vice-versa. O que se viu no palco foi um encontro de amigos, talvez no clima dos velhos tempos do jardim da Unirio, só que agora, muitos anos depois, diante de uma platéia cativa.
Quando as luzes se acendem, a sétima corda do violão de Krieger faz a marcação para o "Recado" de Maranhão. O samba sem instrumentos de percussão abole as convenções do gênero. Não há apoteose, apenas a canção. Segue assim com a melancolia de "Samba de Um Minuto". O contraponto entre o estrilar agudo das cordas do cavaquinho em oposição a gravidade do 7 cordas aproximam as músicas de sua essência harmônica e melódica. Seriam as composições completamente nuas, não fossem os floreios da baixaria e as variações rítmicas do cavaco. Então, Marcelo Caldi é convidado ao palco com seu acordeon, e o vai e vem do fole com seus altos e baixos constitui o magma sonoro do arranjo instrumental.
Desafio (Edu Krieger)
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Sonantes serão ouvidos antes no exterior
O processo de composição e gravação do disco obedeceu aos princípios da amizade e da afinidade musical entre cada um dos integrantes. "Devido à confiança mútua e à abertura a experimentação musical característica a todos os envolvidos no projeto, não foi nenhuma surpresa que o processo de composição do disco tenha rolado de uma forma imprevisível e descontraída", declarou Rica Amabis em depoimento no site da gravadora. Sempre que alguém apresentava uma canção, todos trabalhavam nela reunidos em torno do computador em um estúdio caseiro improvisado no apartamento do próprio Rica. Para Céu, seu disco de estréia era quase um "diário pessoal" e com os Sonantes ela quis fazer um som diferente, que não partisse exclusivamente da sua personalidade artística: "a idéia era que cada um cedesse o controle aos outros sem abrir mão de sua própria identidade musical, todos nós contribuímos com sugestões e idéias ao longo do processo".
Às já velhas conhecidas quatro músicas disponíveis no Myspace, uma nova foi adicionada esta semana. "Quilombo te Espera" remete à África. O batuque dos tambores ancestrais sob uma guitarra elíptica, a lírica de contornos épicos que evoca a resistência, ora pela força, em convocação à guerra, ora pela cultura, pelo rufar dos tambores que anunciam a sambada, em contraponto ao doce cantar de Céu.
Outras músicas que estarão no disco são "Toque de Coito", em que um sintetizador emula a sonoridade de uma guitarra elétrica misturada a elementos tradicionais da música brasileira. A faixa conta com a participação de Siba no vocal; "Mambobit" revisita o universo do samba-jazz; "Defenestrando" é um rock pulsante com múltiplas camadas de de baixo acústico e elétrico e um sintetizador analógico sci-fi que remete ao repertório do 3naMassa; "Frevo da Saudade", que está na coletânea Frevo do Mundo, lançada pela Candeeiro Records, também foi incluída no repertório do disco.
Até agora praticamente ignorado pela mídia brasileira, o disco dos Sonantes ainda não tem previsão de lançamento no Brasil, mas logo, logo deve chegar aos fãs mais antenados via mp3. Enquanto isso, "Quilombo te Espera" pode ser baixada aqui.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Bordado é lançado no Japão com 2 faixas bônus
terça-feira, 1 de abril de 2008
Hype em versão brasileira
Mallu Magalhães, menina paulista de 15 anos, de jeito tímido, modos delicados, sorriso ingênuo e voz ainda instável, foi a escolhida. Preferiu debutar no Myspace ao tradicional baile embalado pela valsa de salão. Suas canções folk melancólicas de poética nonsense saíram diretamente da internet para as telas da televisão aberta e fechada, da Globo a MTV, passando pela Play TV do filho do presidente. Não foram às rádios porque estas ainda vivem do modelo falido herdado dos tempos de pujança das grandes gravadoras. O jeito sem jeito da pequena Mallu foi parar nos cadernos de cultura, até mesmo na capa da Ilustrada em foto posada para emular similaridades britânicas. Além, é claro, dos suplementos adolescentes, onde manifestações de fúria e rejeição em forma de cartas de leitores superaram em muito uma possível idolatria. E, surpreendentemente - ou não? -, nas páginas de revistas de perfis variados, das semanais às especializadas em música e cultura pop. O espaço cativo no perfil recomendado do Myspace Brasil veio a calhar para a empresa. Graças a Mallu, uma artista nascida e criada nas páginas do portal, a versão brasileira garantiu uma enorme quantidade de acessos ao site.
Não acredite no Hype!
Quando Lúcio Ribeiro, Álvaro Pereira Jr, Thiago Ney e Humberto Finatti concordam em avalizar e exaltar uma cantora brasileira de 15 anos de idade e pouco mais do que cinco músicas lançadas é de se desconfiar. Afinal, estamos acostumados aos comentários de um que diz que nada feito no Brasil presta. De outro, que as cantoras brasileiras ficam todas a dever as estrangeiras por causa das letras, abstendo-se de julgar a música. Do primeiro e do último até se entende. Um é o grande responsável pelo Hype, através de seu Poploaded baseado no IG. O outro está sempre pronto a embarcar em ônibus lotados e ir logo sentando na janela. Ao seu lado, sentou-se Serginho Groisman, a quem ele poderia ter dado algumas lições para que o apresentador da Rede Globo não demonstrasse um constrangedor desconhecimento a respeito do grande fenômeno cultural do momento. Seu despreparo era tamanho diante da pequena Mallu que teria sido melhor ter dado a palavra a Zeca Pagodinho, que a ouvia cantar com um enigmático sorriso no rosto, apesar da distância entre os universos da malandragem carioca e da modernidade paulistana. Jô Soares, então, deve ter ficado de fora. Obrigado a segui-la a bordo de seu carro particular blindado e com vidros totalmente escurecidos pelo insulfilm, nem por isso ficou menos a vontade para falar, como sempre sem o menor interesse em ouvir.
Mallu diante de mais um de seus descobridores: o "bem informado" Serginho Groisman
E alguém chega a ouvir? Claro que sim. Embora não haja justificativas musicais suficientes que façam de Mallu 'a escolhida', ao menos pelo que dela se ouviu até agora, não há qualquer vestígio de falsidade ou de auto-promoção em suas canções. Há uma ingenuidade sincera, quase infantil, embalada por melodias delicadas muitas vezes traídas pela afinação de uma voz em formação, especialmente em apresentações ao vivo. Ao folk, que vive um período fértil no Brasil especialmente graças ao Vanguart, esta sim uma banda renovadora, cujos integrantes desde cedo a acolheram por acreditarem em seu potencial, Mallu nada acrescentou. No máximo emprestou-lhe um frescor juvenil que pode ser igualmente encontrado nas canções de Stephanie Toth, a outra representante do folk-teen paulistano a quem não foi concedido o benefício do hype. Tal é a similaridade que uma teria de ser necessariamente 'a escolhida'.